Príncipe! Pequeno Gafanhoto! (Nulmaegyp)

Após tomar um direto na garganta, Numl rola com o golpe e quando o adversário passa ele de ponta cabeça com as duas mãos usa a inércia do levantar para chutar o adversário nas costas, e fazer ele ir para frente nisto.

Existe um conto zen que conta uma história sobre um problema, a história fala que um dia morreu o guardião de um mosteiro Zen. Para decidir quem seria a nova sentinela, o mestre convocou os discípulos e disse:

- O primeiro que resolver o problema que eu apresentarei assumirá o posto.

Então, numa mesa que estava no centro da sala, colocou um vaso de porcelana muito raro, com uma rosa amarela de extraordinária beleza. E disse apenas:

– Aqui está o problema!

Todos ficaram a olhar para a cena: o vaso belíssimo, de valor inestimável, com a maravilhosa flor ao centro! O que representaria? O que fazer? Qual o enigma? De repente, um dos discípulos saca da espada, olha para o mestre, dirige-se para o centro da sala e… Zazzz! Com um só golpe destruiu tudo.

– Você é o novo guardião.

Não importa que o problema seja algo lindíssimo. Se for um problema, precisa ser resolvido.

A luta era um problema e estava muito longe de ser algo sequer bonito. O adversário teve chance de observar a chegada dele anunciada plenamente, apenas não conseguiu reagir a tempo, e o que se seguiu não foi elegante, não foi belo como o corte uma espada-obra-prima, não foi o partir de asas silenciosas contra o nascer do sol.

Foi simples agressão.

Ele sabe caratê é uma questão de orgulho nacional e um exemplo esperado dele, um pouco de judo também, mas neste tipo de batalha, que é uma mistura de ringue de batalha, clube de luta e poço de serpentes, uma lembrança viva do atavismo que permeia a mente humana e te faz transformar em um arauto da batalha, vivendo em picos de experiência que serão lembrados como coragem ou tolice, o que importa é a grande estratégia de vencer e as regras do que se poderia chamar civil apenas observam atemorizadas e distantes.

Joelhada que encontra braços protegendo, golpe na laringe que bem aplicado poderia mandar no minimo para o hospital, que encontra a mão esquerda mal levantada em uma tentativa de bloquear, chutes, socos, trocados bloqueados, atingidos, confiando que a adrenalina e o corpo suportem a pressão, e apliquem a pressão, quando a técnica falha, usando o chão como plataforma para se levantar pois simplesmente cair é estar vulnerável.

Soco...

Esquiva... Bloqueia... Ele nem sabe direito de onde vem os golpes, eles não tem identidade na superioridade numérica dos invasores, mas é irrelevante, no momento seu alvo tem identidade e ele vai em busca dele.

Chute...

Perna na frente.

Bloqueio.

Golpe no lado. Machucado. Puxa o ar com força como se fosse arrastar poder pela simples atitude de respirar.

Bloqueio mais rápido, golpe mais rápido. Conecta punho sentindo bater, ele depois registrar onde pegou, pois foi forte o bastante, nem o movimento parece ter mudado.

Chute, pouca elegância, todo força, pura sorte que conectou, mas conectou!!! Afetou o equilíbrio do adversário, chutar, socar, continuar...

Até que ele aproveita e manda mais um chute como se estivesse tentando derrubar a porta de um quarto para fugir de um incêndio, com a perna direita, direito no peito. Tudo fica em câmera lenta quando o adversário vai caindo para trás, olhos fechando, a mente registra mais rápido que o corpo reage.

Um cai.

Falta incontáveis no conflito.

Levanta os punhos.

Que venha o próximo!