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 BAR DA ESTRADA:CONTE AQUI SUA HISTORIA(PRELUDIOS)

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Maeda

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MensagemAssunto: BAR DA ESTRADA:CONTE AQUI SUA HISTORIA(PRELUDIOS)   BAR DA ESTRADA:CONTE AQUI SUA HISTORIA(PRELUDIOS) EmptyQui Abr 21, 2011 2:15 pm

SUPERNATURAL

Em um mundo não muito diferente do nosso, criaturas do mal cercam e ameaçam a humanidade,heróis que vivem as escondidas chamado caçadores lutam, e destroem esses seres.
Treinados e muito bem armados combatem o que para maioria das pessoas é apenas mitos e lendas.

O jogo vai se passar no E.U.A em tempos atuais o prelúdios obviamente devem ser feitos antes disso. Não terá no jogo os personagens da serie.


PRELUDIOS AQUI !!
Um bom preludio pode gerar boas qualidades!!
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sephiroth
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sephiroth


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MensagemAssunto: Re: BAR DA ESTRADA:CONTE AQUI SUA HISTORIA(PRELUDIOS)   BAR DA ESTRADA:CONTE AQUI SUA HISTORIA(PRELUDIOS) EmptySex Abr 22, 2011 12:06 am

caçador
Matt Sinclair, 25 anos, 10 anos como caçador.
BAR DA ESTRADA:CONTE AQUI SUA HISTORIA(PRELUDIOS) 1-6178203-4168-tBAR DA ESTRADA:CONTE AQUI SUA HISTORIA(PRELUDIOS) Ford-mustang
BAR DA ESTRADA:CONTE AQUI SUA HISTORIA(PRELUDIOS) 87889427
Havia um tempo em que se podia acordar numa bela manhã e contemplar os quentes e brilhantes raios de sol sem se preocupar com a próxima pista a seguir. Havia um tempo em que se podia sair na noite sem suspeitar da sombras. Era uma vida normal. Era, de fato, uma vida normal.
Todas as vezes que meu pai me levava pra caçar e seguir cervos eu me perguntava pq ele levava aquilo tão a serio, mais dpois desse dia eu aprendi que ele estava me preparando de uma forma sutil para o meu verdadeiro treinamento.

Meu nome é Matt Sinclair. Nascido no interior do Texas, filho único de um pai ausente e uma mãe preocupada...
Em 1999, mais precisamente no dia 31 de dezembro, nesse dia havia perdido o colar que meu pai tinha dado a muito tempo pra mim..quando voltava da escola vi o mustang do meu pai estácionado em frente a minha casa, quando abri a porta da sala havia sal espalhado pelo corredor e algumas manchas de sangue, eu não tive medo e continuei até a cozinha e encontrei meu pai, estava com minha mãe nos braços ela estava ensangüentada sem vida com marcas de guarras pelo corpo, derrepente uma fumaça negra entrou pela minha boca e eu perdi o controle do meu corpo tinha alguma coisa falando por mim, meu pai apontou a arma mas hesitou e foi arremessado na parede por uma força invisível.
O ser era um demônio e se chama asrael e ele queria uma informação, meu pai fez um pacto ele daria a informação se eu ficasse vivo e esse demônio nunca mais poderia me fazer mal. Assim q fizeram o acordo ele matou meu pai e eu senti o controle do meu corpo novamente, e logo em seguida entrou um homem pela porta com uma arma na mão ele era o parceiro do meu pai, se chama Logan e se tornou meu mentor e me ensinou a caçar. Vendi todas as propriedades da minha mãe e deixei o dinheiro no banco rendendo juros para pagar as despesas das caçadas, Hj em dia viajo de cidade em cidade caçando e matando seres sobrenaturais que se acham no topo da cadeia alimentar, pondo em pratica o velho ditado popular no meu ponto de vista “ um dia é do caçador e o outro tbm” ... Mais meu principal alvo e matar o asrael não tenho nenhuma pista sobre ele ainda mais ouvi falar de uma arma que pode obliterar qualquer ser.
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Makie

Makie


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MensagemAssunto: Re: BAR DA ESTRADA:CONTE AQUI SUA HISTORIA(PRELUDIOS)   BAR DA ESTRADA:CONTE AQUI SUA HISTORIA(PRELUDIOS) EmptyTer maio 10, 2011 2:10 pm

hunters:
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Paul

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Christian

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Angeline

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Sher

Esta estória conta a vida de quatro pessoas que, por forças do destino, em encontros e desencontros, acabaram unindo-se ainda mais.
Como pano de fundo, apresento-lhe as caçadas: pessoas com espingardas em punho, munição diferente da habitual, e livros exóticos debaixo dos braços. Não falamos de uma simples caçada; patos, marrecos, tigres, cervos... nós falamos de caçada a seres muito mais perigosos, seres que se escondem nas sombras; seres sobrenaturais, que pessoas normais sequer sonham com sua existência real, a não ser em filmes e contos de ficção. Falamos de pessoas que dão sua vida, às vezes literalmente, para salvar o mundo do terror. Este tipo de caça, para que fique bem claro, é uma profissão que não lhe permite voltar atrás. Uma vez dentro deste mundo, a vida normal de antes vira pó.
...
Dos nossos guerreiros podemos começar com Christian Redcliff. Christian nascera numa família de caçadores aposentados, que decidiram largar a vida da caça logo após a descoberta da vinda do garoto ao mundo. Só que a vida de caçador é uma passagem sem volta, que Amy e Adrian Redcliff só foram descobrir depois do nascimento do filho. Foram três anos se escondendo de Vampiros que objetivavam vingança. Os Redcliff dispuseram de feitiços e todo o tipo de proteção possível, mas não era o suficiente, no terceiro ano de vida de Christian, sua família fora atacada.
Amy e Adrian estavam preparados, perceberam a aproximação, mas não esperavam que o número fosse tão grande. Agora eles eram a caça. Os Vampiros se adiantaram, invadindo a casa e sendo recebidos com toda a munição possível. O pai de Christian, à frente, lutava e quando tinha chance lhes cortava a cabeça, um a um, enquanto a mãe, do segundo andar, providenciava cobertura. Christian estava na cama e chorava, sem entender o que acontecia lá embaixo. Ao final Adrian estava cansado e ferido, Amy tinha ficado sem munição, e quando achavam que havia acabado, viram-se encurralados outra vez, pois um demônio surgira pela porta. O demônio, à espreita desde a investida dos vampiros, aproveitou-se da situação de vingança por parte destes para atacar a família quando esta estava já cansada e desprevenida. Adrian e Amy não previram a ameaça e tiveram que improvisar completamente para proteger sua família.
Adrian atirara sal no demônio e aproveitara a distração do mesmo para gritar à esposa para que fugisse com seu filho. Ela não queria deixar o marido ali, mas não tinha outra escolha, precisava proteger a criança. E Adrian ficou sozinho.
O que aconteceu a seguir foi uma sucessão de flashes. Adrian fora abatido, mas seus pulmões ainda funcionavam e seu coração ainda batia. Amy pegara Christian nos braços e correra com ele para a garagem. O demônio deixou Adrian para trás e seguiu Amy. Na garagem, Amy deixou Christian do lado de fora e fechou a porta, dando um último adeus ao garoto, entre lágrimas. Quando Amy se virou o demônio já estavam lá. Ela sorriu, ainda com lágrimas nos olhos, e ativou a chave inglesa que dava sequencia a uma cadeia de lança chamas com sal, água benta e álcool líquido. O corpo de Amy fora incinerado, junto com o corpo de quem fora possuído pelo demônio. O sal e água enfraquecera o demônio, impedindo-o de fugir dali.
Adrian acordou antes que a casa inteira virasse cinzas. Aquela cena o fez se lembrar da armadilha na garagem e rapidamente ele entendeu o que houve. Do lado de fora Christian chorava, aos berros, até ser acudido pelo pai, ainda meio zonzo com a situação. Ele pegara o que pudera na casa, munição e armamento, e saíra dali com o carro do casal. A dor pela perda estava o consumindo, mas ele precisava proteger o filho, assim como fizera Amy.
...
Não muito longe dali, uma garotinha de um ano e seis meses pronunciava em alto e bom som sua primeira palavra para uma sombra na escuridão: fantasma. Conheça nossa próxima guerreira, Angeline Giaconelli. Angeline era uma garota prodígio no meio espiritual, desde que se conhecia por gente ela podia sentir a presença de espíritos e até mesmo se comunicar com estes. Por conta disso os espíritos sentiam-se atraídos pela garotinha e muitos deles vinham apenas por saberem que teriam alguém com quem falar. Espíritos causadores de problemas eram raros, Angeline felizmente não teve problemas nessa idade com este tipo de incomodo.
Quando a garotinha completou quatro anos, porém, falar com espíritos parecera-lhe de repente algo assustador. Talvez porque ela começava a entender o que eram de fato, no mundo dos mortais. Foi o passo seguinte para começar a ignorá-los. Angeline rezava à noite, pedindo a papai do céu que lhe protegesse das sombras que insistiam em atormentá-la, mas elas sempre voltavam. Eu seus sonhos e quando acordada a garotinha podia senti-los, ouvi-los e às vezes até vê-los, e eles insistiam em pedir-lhe ajuda. Ora, ela era só uma garotinha, não poderia ajuda-los.
Aos sete anos suas preces foram atendidas, Angeline não sentia, ouvia ou via mais nada; ou então fingia que não. Sua vida com os pais, Luccio e Emanuelle Giaconelli, tornara-se muito mais agradável e normal depois que a garota aprendera a ignorar os espíritos. Os pais agradeceram pelo progresso da filha, pois começavam a se preocupar com a obsessão da menina por fantasmas. “Fantasmas não existem, querida”, dizia sua mãe para confortá-la, e foi nisso que Angeline acreditou.
Fora esta estranha aptidão, Angie, como seus pais a chamavam, não teve nenhuma catástrofe na sua família. Seus pais eram pessoas normais, do tipo que desconhece os seres que existem escondidos nas sombras, aquilo que Angeline via e ouvia antes com muita clareza. Luccio e Emannuelle viajavam muito, eram funcionários executivos de uma grande multinacional, onde se conheceram, o que exigia que estivessem sempre disponíveis para o trabalho. Por isso cuidavam para contratar apenas as melhores babás para sua filha, que ficava em casa naquela idade.
...
Neste meio tempo, em um lugar mais distante e tranquilo, no interior de uma cidadezinha pequena do estado do Texas, vivia em uma fazenda uma família grande e feliz. Jonathan e Ann Hawkeye cuidavam de seus quatro filhos com todo o amor e carinho que poderiam oferecer. Conheçam outros dois de nossos guerreiros, Paul Hawkeye, menino mais novo dos três irmãos e Sher Hawkeye, única menina da família e mais nova dos quatro. Com eles viviam, ainda, seus dois irmãos mais velhos, Peter e Aaron Hawkeye. Os pais de Paul e Sher, assim como os de Angeline, desconheciam o mundo obscuro, talvez por isso sua família fosse tão feliz. Porém, assim como Christian, passaram por uma grande catástrofe.
No dia que antecedia o oitavo aniversário de Paul e o sexto de Sher, cujas datas coincidiam, ambos foram dar boa noite aos pais no quarto do casal, após um dia de preparativos. Eis que surge pela janela uma fumaça cinzenta. Sher gritara antes mesmo que a fumaça densa entrasse no corpo do pai dos dois, enquanto Paul a segurava, confuso. Jonathan engoliu a fumaça toda e seus olhos claros de repente ficaram negros, Sher gritou ainda mais, puxando Paul pelo braço na direção da porta.
Jonathan sorrira para as crianças, Ann tentara lhe acariciar e perguntar o que havia acontecido, mas fora jogada de encontro à parede e lá imobilizada. Paul recuara, enquanto uma segunda fumaça entrava no quarto e ia na direção de sua irmã. Antes que esta pudesse atingir Sher, Paul se pôs na frente, fazendo com que a fumaça entrasse em seu corpo. Sher tombou para trás e começou a chorar, os olhos do irmão, antes azuis, agora eram vermelhos da cor do sangue que saia da cabeça de Ann.
Antes que Paul pudesse machucar sua irmã os dois irmãos mais velhos apareceram na porta, alertados pelo grito da garota. Ambos não duraram nem um minuto de pé, Paul abatera-os enquanto Jonathan levantava da cama e ia em direção à Ann, que batera a cabeça no impacto com a parede e estava desmaiada. Os lances eram rápidos, Sher estava aos soluços quando começou a cantarolar uma música alta para afastar o horror que estava acontecendo com sua família. Jonathan, com um caco de vidro em mãos, começou a cortar os pulsos, dizendo coisas sem sentido enquanto caminhava na direção de Ann. Enquanto isso, Paul usava o sangue dos irmãos para escrever no chão símbolos antigos.
Quando Jonathan terminara de murmurar os versos estranhos e fincara o caco de vidro no coração de Ann, um homem empunhando uma espingarda entrou no quarto e o atingiu, jogando-o contra a cômoda do quarto. Sher começou a cantarolar mais alto, ao mesmo tempo em que um garoto, que tinha entrado no quarto atrás do homem, lia versos de um livro numa língua estranha. A fumaça que Paul tinha engolido fugira de sua boca janela a fora, deixando-o desacordado no chão, enquanto a de Jonathan escorria de sua boca como poeira, queimando-se no chão, enfraquecida pelo tiro da espingarda e reagindo às palavras do garoto. Logo o homem continuara as frases que o garoto tinha iniciado, sem precisar do auxílio do livro, até que a fumaça de Jonathan queimasse completamente no chão.
Da família feliz sobrevivera apenas Paul e Sher, seus salvadores eram Adrian e Christian Redcliff, pai e filho. Adrian já estava investigando aquele demônio, pois já vira o mesmo ocorrer com outras famílias como aquela, ninguém tinha sobrevivido até então. Tratava-se de um ritual para trazer do inferno outros demônios e envolvia sempre famílias com quatro filhos: três meninos e uma menina. Adrian não sabia direito sobre o ritual, havia apenas vagas informações, ele não conseguira evitar a tragédia naquela família, assim como não conseguira evitar a tragédia com sua esposa, mas pelo menos salvara duas crianças.
...
Christian, nesta época, tinha um ano a menos que Paul, mas já sabia muita coisa que seu pai lhe contava sobre as caçadas. Naquele dia ele desobedecera às ordens do pai e saíra do carro para ajuda-lo a salvar aquela família. Se não tivesse iniciado o exorcismo logo após o tiro de sal que seu pai aplicara em um dos demônios, talvez esse tivesse conseguido fugir, assim como o outro que possuíra Paul. Era a sua primeira caçada, de muitas dali por diante.
Adrian adotou Paul na época; seria bom que seu filho pudesse ter um irmão. Paul tivera amnésia após a possessão, não se lembrava de nada antes da tragédia, não tinha nem ideia que teria uma irmã viva. Sher fora adotada por um casal de caçadores, Charlie e Emile Catrini Petry, amigos de Adrian, pois este não se achava capaz de criar uma garotinha pequena naquela época.
Paul Hewkeye passara a se chamar Paul Redcliff e Sher Hewkeye passara a se chamar Sher Catrini Petry. A família Hewkeye fora extinta naquela fatídica data e Adrian proibira o filho, Christian, de comentar sobre isso com o irmão. Aquele dia tinha morrido ali, junto com o resto da família.
...
Sher cresceu. Como o trauma ocorrera com ela bastante nova, também não se lembrava do que acontecera até ali, exceto da música que cantarolara àquela noite, a qual vez ou outra invadia sua cabeça. A verdade fora escondida de si pelo casal que a adotara. Sher sabia que tivera uma família antes deles, mas não sabia quem foram ou porque a abandonaram, embora ela sempre soubesse o que seus novos pais faziam.
Era uma vida turbulenta, Charlie e Emile saiam muito, Sher ficava com muitas babás. Antes de começar a frequentar a escola, o casal lhe explicaram que não devia contar a ninguém sobre os monstros que eles caçavam, que era um segredo e que se contasse a alguém estaria pondo esta pessoa em perigo. Ambos tratavam Sher como se fosse sua filha de verdade.
Por conta de seu trauma de infância, que apenas o inconsciente de Sher conhecia, a menina sentia a necessidade de estar protegendo todos que a cercavam a todo o momento, desejando que pudesse escondê-los em um lugar seguro para sempre. Sua personalidade tinha mudado depois daquele dia; de alegre, meiga e espontânea ela preservara apenas a espontaneidade. Tornara-se fechada, falava pouco, e sentia como se um grande buraco ocupasse seu interior. Aos poucos foi aprendendo mais sobre aquelas criaturas que seus pais caçavam, chegara a se deparar com uma aos sete anos, quando um fantasma invadiu sua casa a procura dos pais. Sher queria ajudar, mas era uma criança, seus pais não permitiriam.
Aos oito anos, depois de uma caçada, Sher soube que não veria mais sua mãe, e chorou abraçada com Charlie pela sua morte. Depois daquele dia nada mais fora como antes. Charlie afundou-se na bebida e Sher passou a lhe acompanhar nas caçadas, embora ficasse só de longe, dando cobertura. A preocupação abatia sobre ela como uma tonelada sobre os ombros. Ela tinha perdido Emile, não queria perder Charlie também.
Faltava bastante às aulas e quase rodara de ano por conta disso, até que Charlie não aguentou mais. Um dia antes de sua morte, Charlie, embriagado, contara a Sher sobre sua verdadeira história. Contara-lhe que fora salva de uma execução, que demônios possuíram seu pai e seu irmão, que todos foram mortos menos ela e o irmão. Era informação demais para a garota, a música voltara a sua cabeça, mas mesmo assim ela achava que Charlie estava apenas delirando. Ele tinha febre e suava frio, enquanto a menina tentava amenizar sua dor com antibióticos e cobertores. Dormira ao lado do pai, mas quando acordou ele já não respirava mais. Sher chorou ao seu lado até quando a babá chegara. Dali a um mês ela faria dez anos.
...
Paul também crescera no mundo da caçada, mas estava bem mais envolvido que a irmã. Ele e Christian ajudavam Adrian a caçar e quanto mais o faziam, mais gostavam daquela vida. Nunca ocorreu a Christian contar sobre o que acontecera naquela noite em que seu pai e ele o resgataram. Ambos eram muito novos, e Adrian havia proibido Christian de tocar no assunto. Os dois conciliavam estudo e caça, Adrian só deixava que fossem com ele a alguma caçada se tivessem feito todos os deveres e tirado nota boa na escola. Paul ficara inconsciente por muito tempo depois da possessão e, por isso, atrasou-se um ano no colégio. Ele e Christian estudavam na mesma série, embora Christian fosse um ano mais novo.
Christian sempre fora um garoto agitado, como o caso com sua mãe acontecera quando ainda bebê, nada havia o afetado. Ele vivia brincando com o irmão, sorrindo e achando que tudo era uma grande diversão. Christian tinha muita facilidade em alegrar quem o cercasse, por isso era sempre bem quisto, tanto pelo pai e irmão quanto pelos amigos e colegas de escola. Desde sempre era considerado popular no colégio.
Embora Paul fosse o contrário, fechado e centrado em suas atividades, os dois se davam muito bem. Paul não se lembrava de seu passado, sabia apenas que sua família tinha sido atacada e que ele era o único sobrevivente. Sentia às vezes um vazio por dentro que tentava preencher acumulando conhecimento, tanto sobre os monstros que caçavam com o pai, quanto sobre as coisas normais. Na escola era um dos melhores da classe, mas não agia como um, tinha amigos superficiais e se divertia com eles, junto com o irmão.
...
Como os pais de Angeline viajavam muito a trabalho, ela, assim como Sher, ficava bastante sozinha. Quando Angeline tinha seus nove anos e meio de idade seus pais trouxeram companhia para ela. Era uma garota tímida, meio ano mais velha, que falava pouco e tinha uma aparência triste. Seu nome era Sher e ela faria parte da família, já que seu pai, parente distante da família, havia morrido e a deixado sozinha no mundo. Sher fora muito bem recebida por Angeline, que adorou a ideia de ter uma irmã mais velha. Ambas se deram muito bem e dividiam quase tudo, exceto o passado obscuro.
...
Na pré-adolescência Angeline passou a se interessar novamente pelo mundo espiritual, época em que as garotas de sua idade jogavam tabuleiros Ouija e discutiam sobre o assunto. Fora apenas a faísca para liberar novamente o poder de Angeline. Seu contato com as criaturas das sombras voltaram pouco a pouco, mas ela aprendeu que não deveria compartilhar isso com os pais, nem com a nova irmã. Quanto menos soubessem, melhor para os dois lados. Angeline estava mais madura, tinha seus treze anos, e o medo foi esvaindo a medida que ia conhecendo mais sobre o assunto, através de livros e textos que encontrava na internet. Angeline tentou aprender por si só, mas quando encontrou Sinead tudo se tornou bem mais fácil. Sinead era um um espírito que sempre andava perto de Angeline e ensinou diversas artimanhas à ela.
Com o tempo, Angeline tornava-se ainda mais poderosa e conseguia controlar sua aptidão para lidar com espíritos, o que a auxiliou em algumas caçadas pela vizinhança.
Angeline tinha uma alma bondosa que a fazia ser querida por todos que a cercavam. Ela conseguia transmitir uma paz tão profunda que não só fantasmas a procuravam; pessoas com dificuldades iam de seu encontro em busca de um ombro amigo também. Sher amava tanto a irmã por conta de sua bondade e de sua aura, que às vezes achava que o corpo dela brilhava ao redor, de tão iluminado. Angie era boa aluna, mas gostava mais da vida social; não tanto quanto Christian, era um pouco mais caseira e moderada.
Sher, por outro lado, fora amadurecendo e tornando-se explosiva, ainda mais espontânea do que já era. Apenas Angeline conseguia a acalmar, nem seus novos pais adotivos conseguiam. Sher era estudiosa como Paul, mas diferente dele gostava de ficar só, exclusa da vida social. Angeline tentava a levar consigo em alguns encontros, mas sempre recebia uma desculpa em resposta.
Angie não sabia, mas Sher também caçava pela vizinhança. Ela usava as armas e livros que seu antigo pai, Charlie, havia escondido na casa em que moravam antes. Por conta do destino, ambas nunca haviam se cruzado em uma caça. Como Sher ainda era muito nova e não tinha ninguém para acompanhá-la, não viajava para longe nem enfrentava criaturas muito perigosas, mas ajudava do seu jeito as pessoas que se encontravam em perigo.
...
Quando Paul completara 18 anos, Sher também fizera 16 e fora para o 2º ano do Ensino Médio, assim como Angeline, que agora tinha 15 anos e meio. Christian, já com 17 anos, estava no 3º ano, junto com Paul e era um garoto popular e travesso.
No início do ano escolar houve um trote que alguns garotos, incluindo Christian, fizeram aos novatos do Colégio. Por coincidência, embora Sher não fosse novata, estava dentre o grupo, ajudando-os. Para Christian o trote parecera normal, todo o ano ocorria e ele também havia recebido dois anos atrás, quando ele e Paul foram transferidos para aquela escola. Mas para Sher era completamente absurdo, inconsequente, e imaturo.
Na confusão os novatos, inclusive Sher, acabaram pintados de verde com bexiguinhas de tinta atiradas pelos garotos. Sher, que normalmente era calma no colégio, ficara tão irritada que partira para cima dos garotos, já às gargalhadas. De um lado Paul aparecera para tirar Christian da encrenca e de outro Angie, tentando acalmar a irmã.
Acabou todo mundo na diretoria do Colégio, enquanto Angeline e Paul tentavam explicar o que os irmãos tinham feito e amenizar o castigo para os dois. Aquele fora o primeiro encontro dos quatro, encontro turbulento, mas que fora o pontapé inicial para unir dois corações.
...
Angeline e Paul, depois de se conhecerem naquela fatídica cena, sentiram como se uma onda magnética os ligasse. Era inevitável que começassem a namorar, pareciam feitos um ao outro.
Aos olhos de Paul, Angeline não era apenas linda, era perfeita. Sua calmaria, a paz que emanava, sua voz suave e a forma como conseguia lidar com a situação dos encrenqueiros parecera uma trilha sonora para seus ouvidos. Seu coração batia mais rápido e ele não conseguiu evitar de ficar a olhando.
Angeline, por sua vez, notara o olhar hipnotizado de Paul e sorrira em resposta. O garoto fora tão gentil, carinhoso e atencioso com ela que Angie só faltava derreter de tanta emoção contida. Ela sentia que ele era verdadeiro e que poderia a fazer feliz por toda a eternidade.
Sher resistiu bastante ao romance da irmã, “como você pode ficar com um garoto que é irmão daquela peste?”. Porém, depois de muito pestanejar, ela percebeu a felicidade da irmã e acabou cedendo, autorizando, como se fosse sua responsável, o namoro dos dois. Houveram algumas imposições exageradas, como a hora em que Paul deveria devolver Angie em casa, quando saiam, a proximidade máxima que deveriam chegar e até o tipo de conversa que deveriam ter. Angeline concordara, sorrindo pela preocupação da irmã.
Por outro lado, Christian não pestanejou nem um pouco quanto à união do irmão, embora achasse que ele era muito novo para namorar a sério. Christian elogiara bastante a escolha de Paul para namorada, referindo-se muito mais à aparência física dela, enquanto Paul apenas ria das observações do irmão.
...
Dois meses de namoro entre Paul e Angie depois os pais dela tiveram que viajar e deixaram as garotas deixaram sozinhas em casa, já que pareciam ter idade e juízo o suficiente. Angeline aproveitou a deixa para trazer o namorado para uma sessão cinema em casa, mas como não queria que a irmã ficasse segurando vela (já que tinha certeza que ela não os deixariam sozinhos) pediu a Paul para trazer o irmão junto, imaginando que seria uma boa hora para que os dois esquecessem do passado.
Mas nada saíra exatamente como o planejado. Sher estava bastante arredia à presença de Christian, ela o ignorava na casa e quando tinha a oportunidade, despachava coices em suas poucas palavras. Christian, ao contrário de Sher, que lembrava-se de tudo referente ao dia das bexiguinhas de tinta, não fazia nem ideia do porque a garota estava o tratando tão mal.
Chris achava, inclusive, que os planos eram dele ficar com a menina para que Angie e Paul pudessem namorar, mas não via nenhuma brecha ali, nem usando todo o seu charme e carisma disponíveis. A beleza da garota e a sua forma física, que de início atraíram o garoto, agora não pareciam mais fazer diferença, tamanha hostilidade que ela emanava.
Sher sentia tanto ódio que poderia pular no pescoço de Chris e esganá-lo ali mesmo, mas contentava-se com suas palavras afiadas. Sua força de vontade era maior do que a beleza, charme e simpatia que o garoto jogava para cima dela, nada a poderia deter.
Confuso, Christian finalmente perguntou a Angie, quando teve a oportunidade de não ter Sher por perto, do porquê daquela hostilidade toda. “TPM”, achou ele, mas Angie, espantada pela memória fraca do garoto, explicou sobre a situação no início do ano. Christian deu um tapa na testa enquanto Paul, também espantado pela memória do irmão, disse que achou que ele sabia.
Após os esclarecimentos as coisas se tornaram mais fáceis, Christian conseguiu pedir desculpas para Sher, embora esta ainda resistisse bastante, e combinou que, a título de amizade, iria compensá-la levando-a a um lugar que ela gostasse bastante.
Depois daquele dia foi questão de tempo para que Sher e Chris começassem a namorar. Não era um romance como de Paul e Angeline, Christian e Sher tinham personalidades bem diferentes e viviam entre romance e brigas.
...
Chegou o dia da formatura de Paul e Christian, Angie e Sher ainda teriam mais um ano no colégio, mas os dois casais permaneciam firmes, embora Chris e Sher já tivessem se separado e reatado mais de uma vez.
Naquela época Christian e Paul ainda escondiam das namoradas suas vidas duplas, enquanto elas também o faziam, inclusive uma da outra.
Depois da formatura Chris e Sher tiveram sua primeira vez, foi como um salto para a vida adulta. Para Angie fora diferente, ela participara pela primeira vez de uma caçada com os garotos.
A oportunidade surgira quando ela estava em uma casa abandonada, alertada por Sinead de um fantasma que estava a habitando e assustando a vizinhança. Angie fora sozinha ao local para tentar libertar o fantasma, mas a coisa era mais grave do que ela pensava. Paul e Christian tinham ido ao mesmo lugar, alertados pelo pai, que estava em outra caçada, e lá se confrontaram os dois com os poderes de Angeline. Fora uma surpresa de todas as partes, houve muita conversa após a libertação conjunta do fantasma. A noite fora longa, até que eles decidiram que agiriam juntos dali por diante e que manteriam segredo para Sher. Como Sher já não era presente por conta de suas próprias caçadas, não houve muito problema com o segredo dos três.
...
Um ano depois, na formatura das garotas, houve a grande divisão.
Angeline decidira cursar faculdade longe dali, fisgada pela história de que a universidade seria assombrada. Não contara isso para os garotos, pois queria poder investigar sem envolvê-los, mas sabia que Paul iria com ela onde quer que fosse.
Paul decidira ir com Angeline. Não faria faculdade, mas estaria por perto da amada e Christian sentia-se pronto para deixar o irmão ir, pois ficaria com Sher. Numa caçada, porém, Angeline ficara em perigo e Paul quase perdera a cabeça tamanho desespero. Nisso Christian notou, com maturidade, que aquela não era a vida que queria envolver Sher, e por isso tomou a decisão de deixa-la e se afastar dali.
Sher não saíra para caçar naquele dia, mas pensara que a ida da irmã e de Paul para longe seria ótima para convencer Christian a deixa-la e ir também. Sher não tinha ideia que os garotos viviam no mesmo mundo de monstros que ela, e afasta-los de si parecia uma decisão muito justa. Ela se preocupava com a irmã o suficiente para apoiá-la quanto à decisão da faculdade e abdicar de sua companhia, o mesmo cabia para Christian, e como consequência para Paul. Embora não tivesse muito contato com Paul nem sonhasse que ele era seu irmão de sangue, Sher sentia um afeto por ele, achando ser devido à união com sua irmã.
Na volta da caçada, Christian e Sher tinham marcado de se encontrarem, ambos vinham com todo o arsenal possível para que brigassem e se separassem. Foi a troca de acusações pior de todas as que já tinham tido até ali, Sher acusara Christian de traição, ele assumiu, para surpresa da garota, que revidou afirmando que também o traíra, e aquilo foi o auge para a separação.
Angeline, Paul e Christian estavam, então, de partida para Ohio, onde Angie faria sua faculdade. Christian esperara no carro, enquanto o casal se despedia de Sher. As irmãs se abraçaram com o pesar da separação, haviam olhos lacrimejados, enquanto Paul confortava a namorada. “Me convidem para o casamento”, foi o que Sher disse, antes que eles embarcassem no carro. Angeline sorriu, e acenou com a cabeça.
O olhar de Sher e Christian se cruzaram, antes da partida, mas nenhum dos dois disseram nada, com um misto de dor e confusão no coração.
...
Angeline não sabia até então, mas Adrian, pai dos garotos, havia sumido.
Paul e Christian tinham recebido uma carta que o pai lhes deixara, de caligrafia tortuosa, feita às pressas, falando sobre sua última caçada. Katty, a namorada de Adrian, caçadora que vivia com eles, entregou a carta, já conformada com a situação:
“Filhos, eu estou saindo em uma caçada, essa dará bastante lucro e eu quero que fique com vocês, pois eu temo que não volte mais. Estou indo salvar outra família do mesmo demônio que atormentou nossas vidas, eles estão presos em um ritual e eu preciso chegar até lá o mais rápido possível. Queria ter podido aproveitar mais meu tempo com vocês, mas a vida desta família está em minhas mãos. Espero que Katty cuide bem de vocês.
Chris, comece a ter mais paciência com as pessoas, e leve as coisas mais a sério. Organização é bom às vezes.
Paul, comece a ser mais impaciente, errar é o primeiro passo para aprender. Deixe de levar as coisas tão a sério. Eu quero que você se case e tenha lindos filhos com Angeline.
Eu sei que nem sempre fui um pai presente, tão pouco carinhoso, mas amo vocês e espero que tudo dê certo.
Continuem tendo fé e confiança um no outro. Adeus.
Adrian Redcliff”
Paul e Christian não acreditaram; como seu pai poderia achar que morreria em uma caçada? Ele era forte e experiente, logo estaria de volta. Então Katty lhes disse que ele estava se sacrificando pela família, dando ao demônio sua vingança por ele ter salvo Paul àquela noite. Paul, que nunca soubera exatamente o que ocorrera, esperava uma explicação de Christian, que lhe contara tudo, inclusive sobre a irmã viva.
No dia seguinte os garotos receberam a visita de um homem que se dizia amigo de Adrian. Seu nome era Ézio Auditore de la Firenze, ele era caçador e, após saber sobre a morte de Adrian, resolveu ir até a casa de seus filhos contar sobre a investigação do pai.
Os garotos ficam sabendo que, na época da morte da mãe de Christian, quando este ainda era um bebê, um demônio fora incinerado com água benta e sal e seus poderes foram bastante reduzidos. A mãe de Christian sacrificara-se para proteger a família, Adrian nunca havia contado aquilo para o filho.
O mesmo demônio passara a fazer rituais de sacrifício com ajuda de outro demônio por diversas famílias, famílias que deveriam compor um casal, três meninos e uma menina. O ritual visava liberar um exército de demônios, mas na última família atacada Adrian intervira, salvando Paul e uma garotinha e quebrando o ciclo do ritual.
Esse demônio era conhecido por ter seus olhos vermelhos, diferente dos demais, e havia possuído Paul àquela noite fatídica em que perdera a família. Adrian estava atrás dele, mas fora encurralado antes de conseguir algum sucesso. O demônio usara uma família inteira, assim como a família de Paul, para trocá-la pela vida de Adrian.
Paul e Christian juraram vingança, e Ézio prontificou-se a ajuda-los.
...
Angeline morava no campus da universidade e os dois irmãos num apartamento ali perto, alugado. Angie tinha bastante tempo para sua investigação, e ainda assim conseguia conciliar com as caçadas dos irmãos. Paul e Christian, por sua vez, sentiam-se muito mais livres para caçar e planejar seus passos, aos poucos foram entrando cada vez mais no mundo das caçadas, algumas vezes enquanto Angeline permanecia no campus.
Angeline começou a ajudar os fantasmas que assombravam a universidade sem a ajuda de Christian e Paul. Ela mantinha contato com Sher através de e-mails, mas nunca mais tinham se visto pessoalmente.
Num dia qualquer Christian conheceu uma garota, Rebecca, também caçadora, e apaixonou-se. Era uma boa oportunidade para esquecer de vez Sher e começar uma nova vida. Os dois casais caçavam juntos, algumas vezes separados, mas sentiam-se uma equipe.
Tudo estava perfeito, as caçadas eram sempre bem planejadas e executadas, mas como não tinha como prever o futuro, certo dia as coisas não saíram muito bem como esperado. Com muito esforço os quatro conseguiram sair vivos de uma caçada, mas com muitos ferimentos. Foi o auge para desistirem dessa vida e começarem a construir um futuro.
Angeline estava se formando, mas ela não era como Christian e Paul, ela não poderia fugir dos fantasmas, eles a seguiam, então passou a esconder deles suas visões. Os irmãos decidiram arranjar um emprego, enquanto Rebecca ficara cuidando da casa que os quatro compraram. As coisas começavam a dar certo novamente, a paz voltava a reinar ali.
Mas a vida de caçador é uma estrada sem volta. Os quatro eram muito novos para entenderem isso, e num dia de cinema aconteceu: no meio do filme os gritos, correria, tumulto. Paul agarrara Angeline para a proteger, Christian, porém, só sentiu os braços de Rebecca escaparem entre seus dedos. Christian correu para encontra-la lá dentro, enquanto Paul e Angeline iam até o carro buscar munição. Quando voltaram, as luzes estavam acesas e Rebecca estava morta. Junto dela um recado: “Eu voltei, minhas crianças. “Sentiram minha falta?”.
Era o fim da paz. Christian demorou para se recuperar, Angie e Paul lhe deram todo o apoio que precisava, e os irmãos sabiam o que tinham que fazer.
...
Longe dali, Sher continuava com sua rotina cada vez maior de caça. Conhecera alguns caçadores e algumas vezes tivera ajuda para casos mais poderosos. Quando as coisas estavam ficando mais perigosas, ela convenceu os pais a voltarem para a Itália, seu país de origem, e prometeu que iria com Angeline visita-los quando pudesse.
Sher passa a investigar seu passado, seguindo as pistas que Charlie, seu primeiro pai adotivo, lhe dera sobre o ataque que sofrera com sua família de sangue. Algumas memórias despertam na garota, coisas como o nome da cidade onde morava e o seu sobrenome original. Fica mais fácil de pesquisar sobre o assunto nas páginas do jornal local daquela época e Sher começa a juntar o quebra-cabeças.
Ela permaneceu na casa dos pais, embora viajasse bastante. Tinha financiamento total dos pais e conseguia manter sua profissão de caçadora com as investigações, nunca chegando muito perto da cidade onde sua irmã e os garotos agora moravam.
...
Paul e Christian iriam atrás do demônio que insistia em persegui-los, deixando Angeline para que concluísse sua monografia e ficasse a salvo.
Antes de Paul ir encontrar Christian para a viagem foi se despedir de Angeline. Para surpresa da garota, ele ajoelhou-se diante de seus pés e pediu-a em casamento, jurando amor eterno e muita felicidade dali por diante. Angie, emocionada, não hesitou nem um milésimo de segundo em dizer “sim”. Deixa-lo ir depois daquela surpresa foi quase tão doloroso quanto arrancar um pedaço de seu corpo. Angeline não tinha bons pressentimentos quanto àquela viagem, mas Paul insistiu e confortou-a, dizendo que voltaria para ela.
Os irmãos foram levados pelos indícios a uma cidadezinha do interior, Ézio lhes dera os detalhes, mas lá as pessoas pareciam agir de modo estranho, até que finalmente os fatos vieram à tona: era uma armadilha. Todos na cidade estavam possuídos, Ézio e mais alguns caçadores tivera muito trabalho para chegar a tempo de salvar os irmãos. Fora um exorcismo em massa, com auxílio de autofalantes e prisões de sal. No meio da fuga Chris e Paul derraparam com o carro e foram jogados para fora. O carro batera em um caminhão estacionado entrando em chamas. A sequencia de cenas trouxe os irmãos de volta a vida, sendo levados a um hospital especial para caçadores.
Um dia depois, sem notícias dos dois, e após entregar sua monografia, Angie vê no noticiário o acidente na pequena cidadezinha e o carro incinerado. Ela reconhece o carro e a placa: eram Paul e Christian.
...
Angeline entra em estado de choque, seu coração parece não responder mais e um precipício se forma sob seus pés. Ela não consegue mais pensar em nada, é apenas escuridão. A última coisa de que se lembra é de ter subido em sua moto e dirigido até a casa dos pais, onde encontrara com Sher e, aos prantos, contara-lhe tudo o que tinha acontecido desde que a deixaram.
Sher fica sabendo da vida sobrenatural dos três, dos dons da irmã, do demônio dos olhos vermelhos, e enquanto abraça Angie e a consola, entende que perdeu Christian e, muito provavelmente, seu irmão por quem vem procurado. Dos olhos de Sher brotam lágrimas, e as irmãs, abraçadas, ficam assim durante toda a noite.
As garotas passam a morar juntas ali, Sher conta a Angeline que também fazia parte daquele mundo de caça, mas Angie não sente forças para voltar a caçar. Os fantasmas deixam de se atrair para ela. Sher desconfia que a luz que antes enxergava na irmã estava se apagando, então tenta a confortar e animar, como Angie fazia antigamente consigo. As duas falam sobre a faculdade de Angie, e sobre como sua formatura deveria ocorrer dali há alguns dias.
Sher e Angie, então, vão à universidade para a formatura de Angeline. Sher busca algumas coisas da irmã na casa em que eles moravam e sente pesar por não ter sabido antes que eles compartilhavam da mesma vida dupla. Aquele sentimento de raiva invade a garota, ela deixara que mais pessoas se machucassem, não conseguira evitar outra tragédia, e se puniu por isso.
De volta à casa dos pais, Angeline decide seguir a carreira de escritora, agora formada, ocupando sua mente e coração. Sher, invadida pelo sentimento de perda e culpa, passa a descontar toda a sua raiva nos monstros que encontrava pelo caminho. Agora ela tinha muito mais tempo para caçar, e muito mais vontade também.
As duas se mudam para a capital, tentando conciliar a vida de Angie com a de Sher.
...
O tempo passa enquanto Paul e Christian estão em coma no hospital de caçadores e passam por cuidados especiais. Quando finalmente acordam e se recuperam, Paul não pensa duas vezes antes de ir de encontro de sua amada. Ele percebe o tempo em que ficaram dentro do hospital e, de volta a Ohio, não encontra mais Angeline.
Paul, preocupado com Angie depois do que o demônio fizera à Rebecca, namorada de Christian, descobre que ela se formou. Decide, então, voltar para a casa onde Angeline e Sher moravam antes e Christian o acompanha. Quando os dois chegam lá está tudo vazio com uma placa “à venda” fincada no solo fofo.
Na imobiliária, Paul descobre que as garotas não deixaram nenhum registro de novo endereço e que os donos, pais das duas, estavam morando na Itália. Era um caminho sem saída.
Desnorteado, Paul e Christian decidem ir atrás do demônio o mais rápido possível. Se não pudessem achar as meninas, talvez o demônio também não pudesse, e eles chegariam antes para aniquilá-lo.
...
Angeline decidira viajar para a Itália, reencontrar os pais e fazer algumas pesquisas para seu novo livro. Sher apoiara a ideia, mas dissera à irmã que iria ficar.
Um dia antes da partida Angie dera uma entrevista a um canal cultural sobre seu livro, entrevista que só fora passar na TV um dia após sua ida. Nesse dia Christian assistia a TV quando viu Angeline e chamou Paul. Paul agradecera a Deus por vê-la sã e salva, mas como ambos estavam no meio de uma investigação que poderiam os levar para mais perto do demônio dos olhos vermelhos, decidiram focar suas atenções ali.
Em uma caça Sher conseguiu prender um demônio para interroga-lo e perguntar sobre o tal demônio que matara os garotos. Ela não conseguiu quase nenhuma informação válida, exceto uma palavra em latim. Sher se comunicara com a irmã, na Itália, e falara sobre a palavra, pois a irmã era formada em letras e podia ter alguma pista. Angie prometera que iria pesquisar, e dali por diante as duas iniciaram sua própria investigação à distância.
...
Angeline tinha passado um ano e meio na Itália. Ela aprendera a falar latim e a investigação das irmãs se tornou muito mais fácil. Angie conseguira um livro antigo da Itália, em latim, e conseguira decifrá-lo em um trecho que mencionava um demônio de olhos vermelhos.
Angeline estava voltando para os EUA com o livro, elas iriam se reencontrar após bastante tempo de apenas troca de e-mails e telefonemas. Angie estava esperando o reencontro para partilhar com a irmã as informações.
Paul e Christian seguiram caçando por onde quer que fossem, a procura de pistas sobre o demônio. Estavam mais focados do que nunca nas caçadas, até que um dia, enquanto uma equipe de reportagem fazia uma matéria em um lugar sobre alguns desaparecimentos, os irmãos passaram por detrás da repórter e, por alguns segundos, as câmeras capturaram seus rostos.

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